Localização remota de pessoas ou objectos



Para que serve?
A RMS vem apresentar hoje o seu novo sistema de localização remota, permitindo saber, com precisão de metros, onde está alguém ou qualquer coisa móvel. Desde que o alvo a monitorizar esteja dentro de uma zona de cobertura de telemóvel, em qualquer parte do mundo, ficará sempre a saber, em tempo real ou a pedido, o histórico da sua deslocação com data, hora, velocidade e localização. Um dos programas incluídos permite-lhe seguir sobre um mapa ou no GoogleEarth a localização real momentânea ou o rasto anterior.

Como funciona?
A nossa unidade de localização incorpora o que de melhor há nos mundos do GSM e do GPS. Terá de colocar um cartão de telemóvel no suporte do equipamento (pode optar por um cartão de baixo custo, sem assinatura ou carregamentos obrigatórios) e preparar a configuração. Esta pode ser feita através de mensagens SMS enviadas de outro telemóvel, ou, melhor, usando o software e cabo USB incluído na embalagem. A unidade de GPS incorpora a tecnologia Sirf3 para alta sensibilidade e precisão na captação dos sinais de satélite. O sector de GSM é uma unidade modem e telemóvel (como se verá mais à frente) em quadribanda, usável em praticamente todos os países do mundo.

Exemplos práticos de utilização?
A imaginação é o limite. Pode acompanhar um objecto em viagem, um automóvel para ser localizado em caso de roubo, uma pessoa idosa ou doente, uma criança, alguém que tem um trabalho em local remoto ou perigoso, controlo de frotas de empresa, o seu animal de estimação, etc. Como será de esperar, a localização de pessoas deve ser usada com o conhecimento destas e o seu consentimento.

Além de outras funcionalidades, tem incorporado um botão de SOS que permite ao portador enviar uma mensagem de emergência com a sua localização. Permite também receber (com toque e vibração) ou efectuar chamadas de telemóvel em caso de necessidade para o numero pré-gravado.

Que outras funcionalidades?
Pode definir alarmes para:
  • Se o objecto sair ou entrar em determinada zona (até 10 zonas)
  • Se ultrapassar determinada velocidade
  • Registo de percurso em intervalos de tempo ou eventos
  • Notificação de nível de bateria baixo
Pode funcionar como um vulgar telemóvel, recebendo chamadas de qualquer numero mas limitando os números chamados a um pré-memorizado. Esta funcionalidade poder ser útil para entregar o equipamento como telefone de serviço, controlando o seu uso.

Se optar por um dos tarifários de baixo custo (todos os operadores os têm) o único custo associado será o do envio de SMS quando receber as localizações. Nenhuma outra taxa, assinatura ou anuidade lhe será pedida.

Se a configuração for feita por computador, e for igual para varias unidades, o processo fica facilitado enviando a mesma configuração para todos.

Nos tempos inseguros como os de hoje, esta unidade é muito útil e de investimento insignificante face à sua utilidade, com encargos praticamente nulos. Mais informação aqui e neste artigo da Revista Visão

TESTE/ENSAIO: O Zumo 660 versus GPSMAP- 276/278 em TT


ACTUALIZADO EM 17.05.2010: NOVO FIRMWARE DISPONÍVEL (ver no fim do artigo)

Depois da famigerada tentativa da GARMIN fazer substituir a série 276/278 pelo novo GPSMAP620 (ver o nosso teste aqui), eis agora que surge uma nova (má) novidade: os clássicos e reconhecidos GPSMAP-276 e GPSMAP-278 foram descontinuados, e a Garmin não fornece mais!

Parece-nos que o fabricante quer deixar este mercado de off-road sem solução em matéria de navegadores especializados. Claro que há sempre opções, como a série 60 (excelentes equipamentos) ou a nova série OREGON (que agora até tiram fotografias!). Para quem quer brinquedos mais económicos, tem a série ETREX (com o inconveniente de terem as teclas laterais) ou os novos DAKOTA (ecrã táctil, mas pequeno).

Como estava programada +1 viagem a Marrocos no inicio de Setembro (2009), lá fomos ter com a RMS (a habitual vitima e única casa verdadeiramente conhecedora deste tipo de utilização) e perguntámos: como é que é? Vamos ficar órfãos de equipamentos para utilização em fora-de-estrada?

Foi-nos então informado que a Garmin estava a converter o ZUMO 660 para utilização especifica em off-road, uma vez que este equipamento, desenhado para utilização em motos e automóvel, já tinha algumas das funcionalidades pretendidas. Além do mais, apresenta a robustez necessária bem como uma característica importante: é estanque (cumpre a norma IPX7: 30 minutos até 1mt de profundidade). Bom, esta ultima capacidade pode ser importante, mas também duvidamos que alguém se vá preocupar com o GPS se a viatura estiver nessas condições muito tempo...

Não foi preciso dar muita graxa para que a RMS tivesse a gentileza de nos ceder um equipamento para teste. Na verdade até queríamos 3, mas eles lá acharam que estávamos a pedir de mais. Como o Gilberto já se tinha precipitado e vendido o seu 276 (por altura do teste ao 620), ele confiou nas informações dadas e comprou uma unidade. Assim, armados das novas tecnologias, lá fomos: 3 jeeps (nenhum desta marca, diga-se!), 2 Zumo 660 e 1 clássico 278, para comparação. Todos devidamente carregados com mapas de Marrocos com detalhe ao nível das pistas, incluindo o novo mapa com funcionalidade de auto-routing (com voz) para aquele país. Para testar qualquer lentidão, foram os 660 carregados com outros mapas, incluindo as curvas de nível de Portugal, mapa de pormenor dos Picos da Europa e mapas da Mauritânia, Tunísia e Líbia (além do mapa de 2010 com toda a Europa, já incluído de origem).

A primeira grande vantagem do ZUMO é poder levar os mapas em cartões microSD normais. Trata-se de uma mais valia enorme tanto em preço como em capacidade, em contraponto com os cartões proprietários da Garmin que os 276/278 usavam, extremamente caros e de capacidade limitada (máximo 512Mb).

A abertura da embalagem deixa-nos surpreendidos com a quantidade de acessórios: cabos (incluindo o de USB), suportes, bolsa, carregador de 220V e até... parafusos! Será que a Garmin pede aos clientes para acabarem de fazer o equipamento em casa?

Mas não. A explicação é que ZUMO 660 (a partir de agora vamos chamar-lhe Z660) vem com 2 conjuntos de montagem: um para instalação em viatura e outro para moto. Pareceu-nos que a solução de viatura é menos segura (por ser de ventosa) para os 4x4. Este conjunto deve ser deixado para a instalação num veículo mais civilizado, tanto mais que a alimentação se faz por ficha de isqueiro com os inconvenientes que sabemos: desliga-se com os saltos, além de que as tomadas de isqueiro fazem falta para outras ligações.

Vamos pois dedicar-nos à solução para moto e como pode ser adaptada a viatura.

O suporte de mota é um suporte da conhecida RAM, o que por si só é uma vantagem dada a quantidade de opções que há para todo o tipo de situações (na RAM o que gostamos mesmo é do suporte para a lata da cerveja, mas isto é uma análise muito pessoal...)

Este suporte de mota pode ser instalado naquela barra em frente ao pendura ou noutra pega disponível. Não temos dúvida de que fica bem fixo. Caso a viatura não tenha tais coisas, pode então comprar outras soluções da RAM que se adaptam perfeitamente. Com este suporte, o cabo de alimentação a usar é o de fios soltos. Além de permitir uma ligação directa à bateria (de preferência sem passar pelo interruptor da chaves de ignição), este cabo tem ainda ligações para altifalante externo, microfone (para atendimento do telemóvel em mãos-livres) e ligação USB. Atenção que esta ficha USB, bem como a existente no suporte de automóvel, não são para ligação a PC, mas sim para poder ser conectado a um receptor de informação de transito (opcional). A ligação USB para computador está localizada por de baixo da tampa de bateria (para protecção),

Feita a montagem em local de boa visibilidade (no meu caso na pega existente do lado esquerdo, mesmo ao lado do pára-brisas), passámos à fase de instalação dos percursos que pretendíamos fazer (atravessar o Planalto de Rekkan de NO para SE (até Iche e Figuig) e posterior descida para Merzouga.

Carregámos ambas as opções por segurança: o trajecto e a rota.

As rotas não foram difíceis de encontrar. Falando da primeira (este percurso tinha 3 rotas e 3 trajectos), lá tinha os seus 32 pontos de passagem e as funções de navegação permitem a sua edição, inverter o sentido, re-ordenar, etc.

Mais difícil foi encontrar os trajectos. Depois de muito percorrer os menus (sem ler o manual, como bom português quando compra electrónica...) encontrámos a pasta “Os meus dados” e lá estavam. Mas como navegar neles? Pois o Z660 tem uma função que facilita muito as coisas: clica-se em “importar dados” / “registos de viagem” e ele converte o trajecto em rota! Já está! A nova rota ficou com 576 pontos, enquanto o trajecto original tinha 683. Ok, nada mal. Pode ter perdido algum detalhe, mas só experimentando no terreno.

Carregada a mobília, atestadas as viaturas, lá fomos a caminho de Algeciras.

O percurso em Espanha foi muito fácil, com os equipamentos a darem a navegação em estrada sem problemas, assinalando as velocidades e, espante-se, apresentando alguns edificios em 3D! A base de dados complementar que nos carregaram no Z660 tinha também muita informação, como abastecimentos, farmácias, restaurantes, alojamentos, faróis (!), locais de culto, locais de casamentos (!), acesso a redes sem fio (wifi), etc. além do muito importante: a localização dos radares!!! Aqui o Z660 já está a ganhar em muito ao 278, não só pela visualização (que pode ser também em 3D), o ecrã maior, o ter bluetooth para servir de mãos-livres, dizer o nome das povoações, das estradas e das ruas, durante as manobras (isto dispensamos por que a senhora fala Português mas deve ser Inglesa...), etc. Um detalhe: este equipamento já tem a nova funcionalidade de indicar qual a faixa que temos de tomar, numa auto-estrada ou via rápida, para continuar no percurso correcto, evitando as manobras de ultima hora que podem ser perigosas. Dá sempre muito jeito na periferia de Sevilha.

O nosso percurso estava preparado logo à saída de Ceuta. Navegar com o Z660 não foi problema, antes pelo contrário. Como o ecrã é táctil é muito fácil configurar os dados que aparecem no ecrã do mapa. Optámos por ter do lado direito a distancia ao próximo ponto e no outro a hora estimada de chegada ao final. O computador de viagem dá-nos o habitual: velocidades média e máxima, tempo parado, tempo em andamento, etc.

Com o mapa com funções de auto-routing foi muito fácil a navegação em estrada (e, pasme-se, mesmo em pista!) quando o nosso trajecto coincidia com as pistas existentes no excelente mapa (já testado anteriormente mas nunca nos cansamos de o dizer). Quando as coisas começaram a ser mais duras (e onde o mapa já não assinalava pistas coincidentes) calámos a senhora optando pela função de navegação em fora-de-estrada.

Aqui revelou-se que a conversão do trajecto em rota não foi problema e até trouxe vantagens, conforme comparámos com o 278. É que o nosso trajecto original tinha vários erros fruto da nossa primeira viagem e dos muitos enganos, volta para trás, etc. Na conversão não só manteve o trajecto correcto como eliminou as situações de “ida-e-volta” curtas. No 278 essas situações causam alguma confusão, principalmente se não estivermos na página do mapa.

Durante o percurso fomos também registando no Z660 tudo o que fomos fazendo. Estes “tracks” são guardados no gps e são acessíveis no mesmo local onde estavam os tracks importados. Sendo assim, a sua conversão em rotas, para posterior uso, faz-se da mesma forma como explicámos acima. Fácil e intuitivo.

Assim, parece-me que a Garmin, finalmente, está a trabalhar para que este equipamento seja um digno sucessor dos 276/278, com a vantagem de ser também um excelente navegador de estrada. Se o seu auto-radio tiver entrada auxiliar então pode usar a função de leitor de mp3. Sempre pode seguir as pistas no deserto ao som dos Pink Floyd (bem alto de preferência, escondendo os novos ruídos que a suspensão e transmissões estão a fazer...)

Já limpos do pó, sentámos-nos em casa à volta de uma cervejas, e finalizámos este estudo com algumas comparações (entre este Z660 e os 276/278), onde há diferenças e conclusões finais que se resumem a isto:

Funcionalidades 660 276/278
Distância ao ponto no menu de waypoints S N
Navegação por foto (associa a foto a à posição) S N
Total de waypoints 1000, ilimitado com cartão SD 3000
Reordenação ideal dos pontos de uma rota S N
Total numero de rotas 20, ilimitado com cartão SD 50
Análise do perfil em altitude do track S N
Conversão de track para rota (mesmo off-road) S N
Numero de tracks gravados 20 15

Para colmatar algumas funções em falta, estão já prometidas pela Garmin USA (vimos o e-mail) as seguintes actualizações (disponíveis gradual e gratuitamente através da internet, com previsão até Janeiro 2010):


  • Campos adicionais de dados a mostrar no ecrã


  • Trackback (voltar para trás)


  • Desenhar os tracks quando se está em fora-de-estrada


  • Importar track para lista de tracks gravados, com apresentação em diferentes cores


  • Apresentação simultânea de vários tracks no ecrã


  • Será criado um novo campo de dados com a indicação do azimute


  • Opção de 4 campos de dados no ecrã do mapa


  • Navegação no track (trajecto)
 Bom, o nosso teste terminou. Não se trata de um equipamento de novidade e era já muito utilizado nas motos, embora muitos dos seus proprietários só os tenham usado na condução em estrada. O nosso objectivo foi demonstrar até que ponto ele pode ser um substituto da série que agora deixou de ser produzida. Julgamos que o Z660 cumpre o essencial. Aliás, acreditamos que os compradores “normais” irão fazer mais uso das suas funcionalidades do que fariam com os 276/278, isto porque muitas das funções destes não estavam acessíveis ou eram necessárias para a navegação comum. Pela nossa parte ficámos convencidos. Julgo que a breve trecho, e se os nossos carritos não derem alguma despesa extraordinária, seremos uns futuros compradores de uma desta “máquinas”. Logo diremos.

A equipa dos DESERTORES

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NOVO FIRMWARE DISPONÍVEL
A RMS está já a instalar o novo firmware para o ZUMO 660. Ver as alterações neste artigo do blog

Os clientes da RMS que já tenham adquirido o ZUMO 660, devem contactar a empresa para proceder a estas novas implementações gratuitamente.