A RMS esteve presente na NAUTICAMPO 2009

Seguindo uma tradição de 15 anos, a RMS voltou a estar presente neste certame dedicado ao lazer. A organização dedicou este ano uma especial atenção às actividades de aventura, incluindo o todo-o-terreno, geocaching, caminhada, etc., sectores onde nos especializámos com soluções electrónicas dedicadas, fruto de uma experiência de 27 anos no mercado.

Apresentámos algumas novidades, enfocando em rádios CB e gps's da GARMIN (incluindo novas cartografias para África, topografias para Portugal, mapas do Brasil, etc.), além das radiocomunicações marítimas e profissionais. De fora ficaram os equipamentos de radioamador, fora do âmbito e objectivos da feira.

Foi realizado um um curso de navegação que culminou num passeio de TT, com apoio RMS numa colaboração com o Clube de Todo-o-Terreno de Oeiras.

A nossa presença este ano saldou-se muito positivamente, malgrado a feira ter ficado longe do que os visitantes poderiam esperar. Os factores limitadores (a crise e valores cobrados pela FIL), fizeram com que muitas empresas, incluindo no nosso ramo, optássem pela ausencia. Esperemos pela edição de 2010 (!?).

Teste preliminar ao novo GPSMAP620


Pediu-nos a RMS para fazermos um teste preliminar ao tão esperado GARMIN GPSMAP-620.

Este novo modelo da GARMIN tem sido esperado como um potencial substituto dos galardoados GPSMAP-276C e GPSMAP-278.

Este teste, muito preliminar, não se vai debruçar sobre as potencialidades do equipamento enquanto navegador marítimo ou terrestre. A nossa análise vai incidir unicamente sobre as características para uso em fora de estrada, na navegação em todo-o-terreno.

A primeira coisa que ressalta ao ligarmos o equipamento é o firmware: a versão beta 1.7. Esta poderá ser a primeira explicação sobre algumas coisas que vamos dizer a seguir.

O equipamento quando ligou ficou em modo marítimo. Óptimo. É disso que se espera para utilização em fora-de-estrada. A navegação em TT funde-se com a marítima, quando numa utilização sem referências visuais ou, na existência delas, sejam facilmente geradoras de confusão.
O mapa que surgiu deixou-nos maravilhados, pois correspondia, em termos visuais, a uma semelhança com o Google Earth, com a vantagem de mostrar, em sobreposição, um mapa detalhado de estradas. Mas ao fazermos zoom de aproximação surge a primeira decepção. A imagem expande-se em quadriculas imperceptíveis, tornando ilegível qualquer detalhe. Se está à espera de ver o telhado da sua casa, desengane-se!

Continuando na página do mapa, fizemos zoom, mas agora de afastamento. Nova decepção: o equipamento afinal só tem as tais imagens semelhantes ao Google Earth ao longo da costa. Para o interior não apresenta qualquer informação. Inclusive perde em detalhe de estradas, permanecendo unicamente as principais. Passado o momento de surpresa, pensámos: "ok, como está no modo marítimo, talvez esta cartografia pré-carregada seja unicamente para auxilio aos pobres do marinheiros, para quando visitam os terrestres, terem um modo de se orientarem". Talvez!

O modelo de teste já vinha pré-carregado com cartografia BlueChart G2. Como dissemos, não vamos desenvolver o teste na perspectiva marítima, mas não deixámos de admirar a qualidade de imagem na saída da barra do Tejo, nem os pormenores apresentados. Fiquemos então por aqui.

Percorremos então todos os menus. Na selecção de língua falta ainda o português, mas não podemos esquecer que estamos perante um versão prematura. Há também as configurações de unidades, hora, etc. O que já não podemos perdoar é a omissão de funções fundamentais: geração de rotas, gestão de percursos (tracks), alarmes de desvio de rumo, ou azimute, projecção de pontos, calculo médio de ponto. Pronto, lá veio a desculpa: é uma versão beta.

Para finalizar o teste no modo marítimo, o que mais interessa, como se disse, à rapaziada que teima em andar por maus caminhos, carregámos uma carta com o mapa de Marrocos e da Mauritânia. Esta é uma das grandes vantagens anunciada: o equipamento utiliza cartões normais SD, vulgares no mercado de fotografia, em contraponto com o cartões da Garmin, bastante caros.

Azar de novo. O equipamento em modo marítimo só lê cartografia BlueChart, rejeitando tudo o que não seja compatível. Ou seja, é impensável, a este nível desenvolvimento do produto, utilizar o modo marítimo para navegar em... terra!.

A rapaziada já tinha entretanto bebido umas cervejolas para ganhar coragem para continuar. É que há meses que o produto estava anunciado e já pensávamos trocar os nossos canhões (os 276 e os 278 são o que utilizamos há anos). Um de nós até já vendeu o 276 dele (coitado). Até nos dizia: "vendam os vossos antes que se saiba deste novo modelo, porque agora ainda valem alguma coisa e depois perdem mais dinheiro". Ao fazermos um intervalo para descanso, já o nosso amigo levava 3 "loiras" de avanço, com o desgosto!

Bom, vamos agora ao modo terrestre. Clicámos no icon no centro superior do ecran e surge a pergunta: "Quer mudar para o modo terrestre?". Confirmámos no OK, o ecran apaga-se e... espanto... surge um NUVI, ou seja o ecran tradicional dos gps de estrada da Garmin, da série NUVI.

Nem queríamos acreditar: corremos todos os menus, e não havia dúvida: era mesmo um NUVI com ecran grande, cópia fiel. Do mal o menos, o mapa de Marrocos lá aparecia, mas com que utilidade? Como no modo terrestre o equipamento não tem qualquer funcionalidade de outdoor, limita-se a colocar a nossa posição em cima do mapa. Nada mais.

A distância às 3 bojecas de avanço do fugitivo do pelotão estava a diminuir. Como é que a Garmin fez uma coisa destas? Para que mercado? Será a pensar no tipo que tem um barquito, encosta na doca de Belém e, como está nas lonas com a crise, tira o gps do barco e vai utilizá-lo no carro, porque não tem dinheiro para comprar 2 equipamentos? É necessário muita cerveja para conseguir imaginar como é que este equipamento vai destronar (alguma vez) os dinossauros 276 e 278. Um pequeno Quest ou um simples ETREX EURO ajudam mais que esta coisa.

Então o "D.Sebastião" dos gps's de navegação fica-se pelas excelentes características do ecran de 5.2 polegadas (11.4 x 6.9 cm ou 13,2cm de diagonal), com resolução de 800 x480 pixels, funcionalidade por toque e pouco mais? O engenhoso suporte marítimo que vem com a unidade não compensa a omissão de outras características. Do mesmo modo que não dá para acreditar porque é que o equipamento só é portátil (com bateria) no modo terrestre e não no modo marítimo.

Como se disse, estamos perante um unidade prototipo, ainda em versão de teste. O que atrás foi dito poderá não ser verdade daqui a umas semanas ou meses quando entrar em comercialização. Para já o 620 afasta-se completamente da filosofia que tornaram outros modelos muito utilizados nos desportos de aventura e que tornaram a GARMIN líder de mercado.

Se a RMS não nos proibir de fazer mais testes, aqui voltaremos para uma justa apreciação quando este modelo entrar definitivamente no mercado. Se tem um 276 ou 278, deixe-se ficar com o que tem. Se está a pensar partir para o Norte de África, continue a escolher um daqueles "clássicos". Se quer esperar, compre um bússola. Ajuda mais.

A equipa dos DESERTORES

14.07.2009
Nada de novo. Corrigidas algumas falhas no teste apresentado acima, e introdução de novos menus e funcionalidades, o GPSMAP620 continua a manchar a reputação da GARMIN com um total desprezo pelo mercado de outdoor motorizado. Se é um abandono deste mercado, onde a marca continua a ser líder, ainda é cedo para dizer. O que asseguramos é que este equipamento não é (até à data e já com duvidas se alguma vez o será...) uma proposta credível para utilização nas aventuras de todo-o-terreno, seja com veiculos de 4 ou 2 rodas. Vamos (des)esperando!

A RMS na BTL na promoção do GEOCACHING nos Açores







A RMS associou-se à promoção do Turismo dos Açores, apresentando no stand desta região na BTL (Bolsa de Turismo de Lisboa), os equipamentos ideais para a prática do Geocaching.

O stand dos Açores foi animado com várias iniciativas relativas na promoção deste desporto, nomeadamente 2 "caçadas": a primeira por convite a figuras da sociedade, e a segunda aberta a 50 inscritos com os vencedores a ganharem uma viagem aos Açores.

O Geocaching, como desporto de ar livre, permite a descoberta de locais remotos, fora do circuito normal. É uma vertente moderna da "caça ao tesouro" com a ajuda de um gps. Para saber mais consulte a página www.geocaching.com ou a versão nacional em http://geocaching-pt.net/